Música: Cruz e Sousa
Letra: Fernanda de Castro
Arranjo: Jorge Varrecoso Gonçalves


Roubei-te um beijo, Maria,
desde esse dia,
Morra se minto!
por uma coisa tão pouca,
pica-me a bôca
não sei que sinto!

Mal haja o ladrão de Estrada,
T'arrenego! cruzes, figas,
Beijo dado sabe a rósas,
Mas roubado sabe a òrtigas

Vira, Vira, Virou
Vira e torna a virar,
Roda, Roda, Rodou
Cada qual com seu par.

A chita da minha blusa
já não se usa,
foge demonio!
Não quero a tua riqueza
quero a pobreza
do meu António.

Fazes mal, ó moreninha,
que o amor d'um marinheiro
sóbe e désce como as ondas,
é como agulha em palheiro.

Vira, Vira, Virou
Vira e torna a virar,
Roda, Roda, Rodou
Cada qual com seu par.

Adeus, amor, vai-te embora
deita-me fóra,
não tenhas dó...
A roseira mais bravia
não tem Maria
uma rósa só...